Fechando o cerco

 

Wilson Valentim Biasotto *

14-jun-97

 

Quando a polícia matou três sem-teto em São Paulo, o Ministro da Justiça declarou que ás vezes o crime  é necessário. Continua sendo ministro.

Quando a Justiça concedeu ganho de causa a onze servidores federais, que reclamaram judicialmente reajuste de 28,86% em seus salários demonstrando que a Constituição havia sido desobedecida porque foi concedido reajuste diferenciado aos servidores e o Ministro da Fazenda, com uma simples Portaria Ministerial, determinou que não poderão ser concedidos reajustes que não estejam previstos no Orçamento.

Quando o líder sem-terra, José Rainha, é condenado a 26 anos de prisão, uma pena extremamente rigoroso no Brasil, mesmo não se tendo provado cabalmente que ele estava no local do crime.

Quando, no mesmo dia em que se dá essa condenação, o Presidente da República, edita uma Medida Provisória provocativa ao Movimento Sem Terra.

Quando a polícia de Minas Gerais entra em greve e sai às ruas para denunciar que um cabo ganha em torno de trezentos reais. E quando essa polícia, mesmo tendo sido denunciada com freqüência por atos indignos, é aplaudida pelos cidadãos que estão nas ruas da cidade.

Quando o Ministro das Comunicações é acusado de comprar votos para a reeleição do seu presidente e, ganha férias no exterior

Quando o Ministro da Fazenda diz que o Bamerindus valia zero ou menos que zero.

 

*O  autor é doutor em História Social pela

USP   e    diretor  do   CEUD/UFMS

A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.

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Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

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2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

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MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

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Crônicas: Educação, Cultura e Sociedade

O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

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Crônicas: globalização, neoliberalismo e política

Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

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[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

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[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

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[1991] O MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL: 1978 - 1988

Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

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