Wilson Valentim Biasotto*
(douradosnews (24/4/01)
Dia 20 deste mês de abril, uma sexta-feira, realizou entre 14 e 19 horas uma audiência pública no Teatro Municipal para ser discutido o destino a ser dado para a Santa Casa de Dourados, que encontra-se em fase de acabamento, para a alegria de toda a população da região.
Se não me engano essa foi a primeira audiência pública que a Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul promoveu em Dourados. Já era em tempo, mesmo porque não admitíamos que esse problema tão relevante para a nossa região fosse apenas discutido em Campo Grande, como aconteceu em 28 de março passado, quando a Audiência versou sobre os destinos do Hospital Rosa Pedrosian e da Santa Casa de Dourados.
Nesta audiência histórica para a nossa região aconteceu de tudo um pouco. Tivemos discursos vazios, apologéticos, de caráter divisionista; discursos enaltecendo a união de forças, discursos desvirtuando a história, outros recuperando a história do trabalho de pessoas esquecidas; enfim, tivemos até a defesa das malfadadas organizações sociais.
Sobre essas organizações desejo me alongar um pouco. A transformação em Organizações Sociais de órgãos públicos das áreas de Saúde e Educação fazem parte do receituário do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, orquestrados pelo Consenso de Washington. No Brasil, durante o primeiro mandato de FHC, o Ministro de Administração e Reforma do Estado, Bresser Pereira, investiu pesado nesse projeto que, felizmente não se generalizou.
Em São Paulo, o governo Mário Covas, recebeu várias obras de hospitais inacabadas de seu antecessor. Concluiu esses hospitais, equipou-os e passou o seu gerenciamento a entidades especializadas em Administração Hospitalar transformando-os em Organizações Sociais.
O representante da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, presente na Auditoria Pública, fez uso da palavra, prolongando-se em seu discurso, na defesa desse tipo de organização. Resta saber quem o convidou para participar do evento, porque, na verdade, essas Organizações Sociais não passam de uma privatização disfarçada. E não é a privatização da Santa Casa que a Sociedade Douradense deseja.
O que a sociedade de Dourados e as forças vivas de nossa cidade, alunos e professores querem, é que a Santa Casa seja transformada em Hospital Escola, em Hospital Universitário, para atender aos cursos de Enfermagem e Medicina e outros cursos da área de Saúde que forem criados dentro do Projeto da Cidade Universitária de Dourados..
Nesse sentido, nada mais justo que a UFMS e a UEMS assumam o gerenciamento desse hospital, podendo inclusive ter como órgão de apoio uma Fundação formada por representantes das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde, SODOBEM, Clubes de Serviços, enfim, membros de entidades que contribuíram para que esse projeto chegasse a bom termo.
Nesse momento é importante também que os alunos de Medicina da UFMS e de Enfermagem da UEMS não se desarticulem, não se dividam, não se deixem iludir. É preciso a união de forças para que possamos ter nosso Hospital Universitário e a consolidação do projeto da Cidade Universitária de Dourados.
O autor é doutor em História Social
pela USP, professor da UFMS/ Dourados
A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.
VoltarSer convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria
A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.
Abrir arquivoNossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.
Abrir arquivoO livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.
Abrir arquivoEsta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política
Abrir arquivoEsse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.
Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.
Abrir arquivoMomentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.