O HU e a Universidade Federal da Grande Dourados

Wilson Valentim Biasotto*

Não sou muito de falar e muito menos de escrever, mas o artigo do médico douradense Antonio J. Nogueira, o nosso conhecido Dr. Jajah, publicado em "O Progresso" do dia 12, sobre a Universidade Federal da Grande Dourados e a contribuição de um amigo, animou-me a enviar a minha opinião sobre pelo menos um aspecto desse grandioso projeto. Um aspecto que me parece importante, ou seja, a vinculação do Hospital Universitário à Universidade Federal da Grande Dourados.

O Hospital Universitário era para ser a Santa Casa de Dourados. Ao menos essa era a idéia inicial pois quando começou a ser construído ainda não tínhamos o curso de Medicina em nossa cidade. Quando foi para se criar o curso de Medicina é que se iniciaram as conversações entre o então diretor do CEUD, professor Wilson Biasotto e o presidente da SODOBEN, o advogado Laudelino .... , conversações essas seguidas na gestão do Sr. Martinho, da Recap e que culminaram na nossa gestão, quando fizemos a doação do terreno do Hospital à Prefeitura Municipal para evitar a possibilidade que existia de privatização do referido hospital. Sodoben e Prefeitura tiveram portanto um papel importante na manutenção do Hospital como órgão público, abrindo-se agora, novamente, a possibilidade de o Hospital ser encampado pelo Universidade.

O que dissemos acima é um resumo. É preciso voltar um pouco ao passado para que a população de Dourados e da Região saiba da luta pela Santa Casa (hoje HU). Tudo começou quando foi constituída a SODOBEN - Sociedade Douradense de Beneficência. A SODOBEN foi constituída pelas Lojas Maçônicas .... e pelos Rotarys ...... e teve como primeiro presidente o Sr. ....... Depois foram presidentes, sucessivamente...............

A SODOBEN adquiriu o terreno para construir a Santa Casa e o Deputado Waldir Guerra viabilizou os primeiros recursos em 19....

                  No final do governo Barbosa Martins as obras da Santa Casa foram paralisadas por falta de recursos, sendo que a sua construção somente foi retomada no início do governo Zeca, em1999. Nessa época houve um grande arranque no projeto da Cidade Universitária, a criação do curso de Medicina e aí, então, a possibilidade de transformação da Santa Casa em Hospital Universitário.

O projeto era no sentido de que a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul assumisse o Hospital Universitário, mas a Reitoria mudou os seus planos, ao que tudo indica por determinação do próprio Ministério da Educação, porque ficaria muito pesado para a UFMS administrar dois hospitais universitários.

Dessa maneira houve um grande prejuízo para o Projeto da Cidade Universitária de Dourados que adormeceu pelo menos por dois anos: 2001 e 2002. Foi então que voltou à tona um projeto antigo, o de transformar o CEUD em Universidade Federal da Grande Dourados.

Em abril deste ano o Projeto foi retomado. A comunidade Universitária do CEUD empenhou-se arduamente na sua elaboração. E a força técnica e científica do conjunto da comunidade universitária do CEUD, somada à vontade da sociedade douradense e mais o alinhamento político existente entre prefeitura municipal, governo do estado e governo federal fizeram com que, em apenas seis meses, estejamos próximos de festejar a concretização desse grandioso projeto.

 E já que o Hospital Universitário não foi incorporado à UFMS, que seja incorporado à Universidade Federal da Grande Dourados e que a nossa UFGD nasça forte, apoiada por toda a sociedade douradense e continue mantendo com a UFMS, um relacionamento fraterno, para o bem do ensino e do desenvolvimento de nosso estado e de nosso país.                  

*O autor é doutor em História Social pela

USP, professor aposentado da UFMS/Dourados

 e vereador (PT), licenciado para exercer o cargo de

Secretário de Governo da Adm. Municipal.

A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.

Voltar

Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

Abrir arquivo

2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

Abrir arquivo

MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

Abrir arquivo

Crônicas: Educação, Cultura e Sociedade

O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

Abrir arquivo

Crônicas: globalização, neoliberalismo e política

Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

Abrir arquivo

[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

Abrir arquivo

[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

Abrir arquivo

[1991] O MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL: 1978 - 1988

Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

Abrir arquivo

Contato

Informações de Contato

biasotto@biasotto.com.br