Este jornal há algum tempo está conclamando aos industriais para que invistam em nossa cidade. “Dourados é o centro convergente de uma riquíssima região agrícola e grande entroncamento rodoviária no sul do Estado, Senhores industriais, venham nos conhecer e instalar novas indústrias no município”.
Tal chamamento, feito pelo Jornal de Notícias, nunca teve a intenção de atingir diretamente os grandes industriais do Leste e Sul brasileiro. Se acidentalmente algum industrial tomou conhecimento da nota melhor, todavia o objetivo principal era despertar nas forças vivas douradenses o interesse pelo assunto.
Compete aos dirigentes de Municípios, Estados e Paises captarem as aspirações do povo e o momento histórico propício para este ou aquele empreendimento. Por essa razão é que achamos válido o alerta desse jornal. Vejamos.
Dourados é, sem nenhuma dúvida, um pólo de desenvolvimento. A fertilidade de seu solo proporcionou nos últimos anos uma sensacional arrancada desenvolvimentista agrícola. Tal desenvolvimento gerou um capital excedente que muito bem poderia, há dois anos atrás, ter impulsionado o arranque industrial do município, embora saibamos que somente poderiam ser criadas industrias de pequeno porte.
Com a frustração das últimas safras já não há possibilidade imediata para o arranque. Todavia existem duas possibilidades, ambas possíveis à médio prazo, dependendo entretanto de iniciativas imediatas.
A primeira, mais viável para o momento seria justamente a de ser procurar atrair capitais externos, não necessariamente estrangeiros. Para tanto há necessidade de se criar de imediato o Distrito Industrial e aprovar-se uma série de incentivos, dentre os quais pode se destacar, isenção de impostos por determinado número de anos, energia elétrica, água, esgoto, etc. Após estas providências iniciais e Secretaria Municipal de Industria e Comércio procederia a um levantamento das potencialidades industriais da região e, a partir daí, procuraria contrariar com grandes industriais no sentido de implantarem aqui suas industrias.
A outra possibilidade está relacionada diretamente com a produção agrícola e depende de boas safras consecutivas. Boas colheitas gerariam um capital excedente, como já frisamos anteriormente, e estes seriam aplicados na implantação de médias e pequenas industrias. Também neste caso torna-se muito importante a ação da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, na medida em que esta através de um planejamento objetivo não permita a evasão de capitais.
Imaginemos que o processo de industrialização seja um trem que caminha sempre em linha reta à grande velocidade. Quem pegou este trem no momento exato de sua partida, como Inglaterra, Estados Unidos, Rússia, Alemanha e Japão, estão na frente. Quem não pegou está correndo atrás até hoje, como é o caso dos países chamados periféricos, inclusive o Brasil.
O importante é nos conscientizarmos de que Dourados não pode ficar correndo atrás, de quem já está correndo atrás do que estão na frente e, o que é pior, não conseguir sequer pegar o último vagão.
Wilson Valentim Biasotto
Jornal de Notícias – 28.07.78
A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.
VoltarSer convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria
A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.
Abrir arquivoNossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.
Abrir arquivoO livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.
Abrir arquivoEsta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política
Abrir arquivoEsse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.
Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.
Abrir arquivoMomentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.