Em suas declarações de terça-feira, o Presidente da SANEMAT, Dr. José B.Garcia enfatizou que Dourados é uma cidade privilegiada porque possue 30 (trinta) quilômetros de rede de esgoto. A informação à primeira vista pode causar-nos certa euforia, Trinta quilômetros afinal é quase que a distância de ida e volta à visinha cidade de Itaporã. Quer dizer que se fosse possível percorrer de carro, em linha reta a rede de esgoto de Dourados, gastaríamos cerca de trinta minutos, a uma velocidade média de 80 Km/Hora. A pé gastaríamos para fazer tal percurso entre seis e sete horas de caminhada.
A euforia inicial, todavia, esvai-se num instante de reflexão sobre o problema de saneamento básico e até mesmo se considerarmos a extensão linear de nossa cidade. Raciocinemos juntos. Quatro das grandes avenidas de Dourados, como Marcelino Pires equivalem aos trinta quilômetros de esgoto que possuímos. Dourados deve possuir, no mínimo, cerca de 300 (trezentos) quilômetros de vias transitáveis, com moradias às margens, calculando se grotescamente através do “olhometro “. Isso significa que apenas a décima parte da população douradense recebe os benefícios do saneamento básico.
Sem contar o odor fétido que exala de inúmeras fossas assépticas, aliás muito melhor denominar-lhes sépticas, existe outro sério problema que afeta diretamente a população a contaminação da água potável que se retira dos poços existentes nos quintais.
É sabido que partindo das fossas há a infiltração de bilhões de germes das mais variedades espécies pela terra até que encontram o poço. Daí a água vai para o pote, o filtro ou ainda é ingerida diretamente. Em quaisquer dos casos, o perigo de contaminação pelos parasitas intestinais é eminente.
Por essa razão é que a maioria da população brasileira sofre da moléstia mais conhecida em nosso país, a verminose.
Por esta mesma razão é que o Ministro da Saúde declarou que o Brasil, ao invés de preocupar-se com bebê de proveta, deve voltar sua atenção para o saneamento básico.
Se a SANEMAT estiver enxergando que temos pouco esgoto para nossa população, se a SANEMAT estiver preocupada como o problema mas, devido a falta de recursos, não pode dotar a cidade de melhores condições sanitárias, ainda passa. Agora, dizer que Dourados é uma cidade privilegiada por possuir 30 (trinta) quilômetros de esgoto é doloroso.
Jornal de Notícias – 03.08.78
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VoltarSer convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria
A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.
Abrir arquivoNossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.
Abrir arquivoO livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.
Abrir arquivoEsta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política
Abrir arquivoEsse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.
Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.
Abrir arquivoMomentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.