Ainda este mês tem dado para assistir televisão. Lógico, estamos vivendo momentos decisivos da décima primeira Copa do Mundo e conseqüentemente estamos acompanhando vários jogos interessantes, inclusive e principalmente os do selecionado brasileiro. Nesta situação tanto faz o jogo ser ruim como bom que a culpa não cabe à emissora e sim aos times que disputam. De resto, que nos acuda o bom Deus proporcionando-nos programas outros, que não nos obrigue a ficarmos diante de um aparelho de televisão.
Comecemos pelos desenhos animadas: Tom & Jerry, a apologia do sadismo; desenhos de Barbera aproximando-se celeremente para os abismos da mediocridade. E nossas crianças acabam pensando que isto é o que há de melhor.
As novelas então, nem se fala, verdadeiros absurdos. E o pior é que em meio a tantas baboseiras sempre aparece alguma coisa interessante que prende a atenção do público telespectador para o próximo capítulo. Agora, a gente ouvir de alunas de curso colegial que novela é cultura, doe profundamente, mas muitas dizem.
Filme é outro abacaxi. Embora uma vez ou outra surja alguma exceção, a maioria compõe-se de séries enfadonha como a do Bereta, Homem Biônico, Mulher Biônica, etc. É preferível assistir os biônicos correndo; afinal vendo o Edson Arantes do Nascimento, pelo menos a gente se lembra das jogadas daquele que foi o maior craque que até hoje o mundo conheceu. O negócio é torcer para que nossos senadores biônicos não sejam tão ruins quanto os filmes que estamos acostumados (?) a assistir.
Praça da Alegria ultimamente está dando tristeza. Trapalhões e Planeta dos Homens desgastados demais, naturalmente porque a produção em larga escala de textos humorísticos dentro de um mesmo gênero leva à saturação.
O Jornal Nacional, filtrado demasiadamente por uma auto-censura acaba deixando muito a desejar em termos de informações.
Finalmente o interminável Fantástico que passou a apresentar como acontecimento extraordinário notícias, gols e pesquisas de opinião pública.
E a população, juntamente com isto tudo, vai engolindo dezenas de propagandas comerciais.
Isto tudo não é nada se considerarmos que a Rede Globo é a maior do país e que existe uma lei estabelecendo que numa hora de programação o máximo permitido em propagandas são quinze minutos.
Wilson Valentim Biasotto
Jornal de Notícias – 20.06.78
A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.
VoltarSer convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria
A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.
Abrir arquivoNossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.
Abrir arquivoO livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.
Abrir arquivoEsta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política
Abrir arquivoEsse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.
Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.
Abrir arquivoMomentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.