Após catorze anos de pontificado, faleceu domingo último, às 16:40 horas de Brasília, o Sumo Pontífice Paulo VI, deixando vago o trono de São Pedro até o próximo conclave, que se realizará dentro de aproximadamente um mês.
Dentro de pouco tempo, portanto, milhares de pessoas estarão aguardando a fumaça branca, tradicionalmente indicativa de que um novo papa foi eleito.
Embora há quatrocentos anos só se eleja cardeais italianos para o pontificado, muito mudou no Vaticano. Hodiernamente as eleições são mais democráticas e embora possa haver divergências políticas, ao público não e dado conhece-la. Vai longe o tempo em que ursino e Damásio, este considerado Papa e aquele anti-papa, degladiavam-se com armas em punho, na disputa do trono de São Pedro. Perde-se também no tempo o Grande Cisma do ocidente, o chamado Cisma de Avignon ou Cativeiro da Babilônia, que os papas ficaram durante setenta anos, praticamente sob o jugo dos reis franceses.
Embora tendo perdido a supremacia política e econômica que prevaleceu durante toda a Idade Média, o papado conseguiu um Estado Soberano que lhe permite, na atualidade, a soberania. Dessa forma, e com uma rígida estrutura hierárquica, a Igreja vai mantendo-se pelos séculos afora, constituindo-se, ainda, numa grande potência.
Mas, morreu sua Santidade mundial, uma grande perda; para maioria da cristandade, um santo deixou esta terra para atingir aos domingos do Senhor; para uma outra parte da população, entretanto, morreu simplesmente o administrador de um dos maiores patrimônios do mundo, mas que, mesmo sendo assim, nada fez para minimizar os problemas da humanidade.
Prefiro ficar entre aqueles que admiram Paulo VI, especialmente pela sua imensa obra caritativa e de valorização do ser humano. Se a Igreja tem um imenso patrimônio e não distribuiu toda sua fortuna para os pobres, talvez seja porque seria desperdiçar sua riqueza, assim jogarmos uma gota d’água no mar. Então, deixemos a Igreja rica, para inclusive poder manter-se como potencia e continuar tendo e usando sua pequena força em defesa dos fracos, dos oprimidos, dos que sofrem o peso do arbítrio. Amém.
Wilson Valentim Biasotto
A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.
VoltarSer convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria
A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.
Abrir arquivoNossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.
Abrir arquivoO livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.
Abrir arquivoEsta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política
Abrir arquivoEsse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.
Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.
Abrir arquivoMomentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.