Milagre ou coincidência, não esqueça o reflorestamento

 

Milagre ou  coincidência, não esqueça o reflorestamento

 

Na última segunda feira nossa cidade recebeu a visita de Nossa Senhora Aparecida e o  povo formou uma verdadeira massa para receber a imagem e rezar para receber as benesses dos céus.

Verdadeiro   milagre dizem agora uns. Foi a Santa colocada a caminho, as nuvens já começaram a se formar e algumas horas após sua chegada a chuva despertava, como uma suave serenata, grande parte da população douradense. Muitos tiveram vontade de levantar-se, sair às ruas, molhar-se e agradecer pela graça recebida.Pode mesmo ser que alguns cidadãos tenham realizado sua vontade, pois afinal, nós que não estamos acostumados a regiões semi-deserticas, ressentimo-nos com a longa estiagem.

Uma mera coincidência  dizem os cépticos. Com ou sem a imagem a chuva teria chegado porque depende única e exclusivamente da natureza.

Pessoas entendidas em climatologia explicam que o vento norte deslocou da região equatorial uma massa com elevada umidade relativa do ar que provocou a precipitação devido a pressão com a qual chegou.

Cada qual com suas razões, cada um com suas verdades. A fé remove montanhas mas ninguém é obrigado a tê-la, pois a fé é um dom não uma obrigação. Deixemos pois a cada cidadão a liberdade de pensamento, tratemos de algo relacionado a estiagem.

É sabido que a região de Dourados possui terras tão férteis que poucas outras regiões do orbi possuem iguais. Outrora estas terras ostentavam matos compostas de árvores de grande porte. Hoje as matas estão desaparecendo; nem mesmo a Lei que exige a preservação de 10% (dez por cento) das matas em cada propriedade é obedecida e assim o homem, esse depredador obstinado, vai quebrando o equilíbrio ecológico.

Para que, podem perguntar alguns, deixar dez de matas numa fazenda de cem alqueires? Tal medida não seria um desperdício de área cultivável?
Convenhamos. E preferível preservar dez que perder cem. É hora de começarmos a pensar mais atentamente em reflorestamento para que as estiagens não se tornem mais freqüentes e ainda mais drásticas.

Wilson Valentim Biasotto

Jornal de Notícias – 17.05.78

 

A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.

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Livros

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