Grêmio estudantil, escolinha de líderes

 

Grêmio estudantil, escolinha de líderes

 

A movimentação estudantil na  sociedade douradenses tem sido nos últimos anos tão insignificante que chega mesmo a causar certa preocupação, ao menos às pessoas que entendem que serão estudantes de hoje dirigentes de amanhã.

Alguma participação existe, contudo estas poucas atividades das quais participam nossos jovens tem sido  dirigidas, na sua grande maioria, por pessoas adultas. O aluno limita-se a prestar sua colaboração não sendo responsável pelo fracasso ou sucesso da promoção. Vejam como exemplos os jogos estudantis, o show de talentos, as quermesses realizadas pelos colégios e outras promoções análogas.

Paremos um instante... voltemos o pensamento ao nosso tempo de alunos. Ah! Que bons tempos! As brincadeiras que fazíamos  para angariar  fundos; as quermesses; os shows com artistas famosos; as excursões; os bailes de formaturas; as festinha de despedida que oferecíamos a nossos professores...

Como haviam dirigentes dinâmicos e honestos. Mas também aqueles que após eleitos cruzavam os braços e tinham como preocupação maior extorquir o minguado saldo existente. Mas a gente aprendia a distinguir os verdadeiros líderes e sepultar na tumba do esquecimento os desonestos e, dessa forma, sem consciência de nosso valoroso trabalho, ajudávamos a forjar os dirigentes do futuro.

Muitos dirigentes atuais saíram de vilas pobres aprendendo a comportar-se em uma sociedade mais refinada graças às promoções estudantis.  Depois veio o  477 acabando com os Grêmios. Conseqüência: acabaram-se as festas, acabou-se  a verdadeira escolinha de líderes e, o que é mais importante, acabou-se ou está se acabando a capacidade de discernimento.

Se hoje afirma-se que o povo brasileiro não tem competência para escolher seus representantes que será daqui a cindo ou dez anos?
Felizmente o 477 agoniza e poderemos ter novamente em pleno funcionamento os grêmios estudantis que bem orientados servirão não para manifestações terroristas ou subversivas mas sim para ajudar na construção de um Brasil ainda mais forte e poderoso.

 

Wilson Valentim Biasotto

Jornal de Notícias – 18.05.78

 

A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.

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Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

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2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

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MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

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Crônicas: Educação, Cultura e Sociedade

O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

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Crônicas: globalização, neoliberalismo e política

Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

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[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

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[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

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