Existe diferença entre contribuiu e foi a responsável

 

Existe diferença entre contribuiu e foi a responsável

 

Recente editorial nosso que recebeu o título: “Diretores, um passo para melhorar o nível de ensino”, causou grande polêmica na cidade, especialmente nos meios educacionais, tendo sido inclusive motivo de críticas de ordem conceitual e algumas no nível pessoal. As de ordem conceitual responderemos com muito prazer e confessamos que chegaram a nos causar lisonja porque se nossos escritos causam discussões é sinal de que estamos abordando assuntos de real interesse; às de outra ordem preferimos esquecer, por uma questão de ética profissional.

Não dissemos que a Lei 5.692 é a única responsável pelo baixo nível do ensino nacional; afirmamos que “a malfadada Lei 5.692 CONTRIBUIU, sem dúvida, para o rebaixamento do nível do ensino” Dissemos ainda, com outras palavras, que essa Lei foi aprovada e vai aos poucos sendo implantada numa época de transformações em todos os setores da sociedade.

Assim dissemos, continuamos pensando.  Para melhor esclarecer abordaremos hoje um aspecto que, acreditamos, seja suficiente para mostrar que a referida Lei foi infeliz (sentido que demos ao termo malfadada).

Ao dar margem à criação de cursos de “licenciatura curta”, o espírito da Lei não era outro senão o de licenciar, no mais curto espaço de tempo possível, um grande número de professores para atender às exigências de expansão do ensino, ao menos em termos quantitativos. Proliferaram a partir de então faculdades que ofereciam as ditas licenciaturas curtas e, paralelamente; surgiram os cursos vagos, existentes de fato mas não de direito. Em conseqüência temos em nossos colégios aos chamados professores, polivalentes, justamente numa época em que todos os ramos da atividade humana exigem mais a mais especialização.

Não é necessário possuirmos uma brilhante inteligência para conseguirmos deduzir que existem diferenças entre um professor que gasta quatro anos para licenciar-se e um que realiza a mesma coisa em apenas dois anos. Se, então, o nível de ensino decresceu, a culpa é do professor?

As licenciaturas curtas podem ser válidas em várias regiões do país, não mais em Dourados, que já atingiu um estágio de desenvolvimento suficientemente elevado para oferecer melhores condições de ensino e pesquisa.                                                    

 

Wilson Valentim Biasotto

Jornal de Notícias – 23.05.78

A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.

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Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

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2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

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MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

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O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

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Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

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[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

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Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

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Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

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