Fazer com que uma escola se transforme em Escola Econômica, que funcione “sem problemas, é possivelmente, a maior preocupação dos administradores escolares atuais. Lamentavelmente o que se tem verificado em Dourados, tanto no que tange ao ensino médio como no que concerne ao ensino universitário, é a tendência de tornar o corpo docente submisso para que dessa forma a escola funcione “sem problemas”.
Uma escola “sem problemas” em nosso entender não pode jamais ser uma séria porque a escola séria é aquela que resiste ao diálogo e às críticas. Além do mais, conceber uma escola “sem problemas” significa dar aos professores um diploma de apatia.Ora, se o corpo docente de uma escola for apático com relação aos problemas desta escola ele o será também com relação aos alunos e ao próprio ensino.
Bem diz John M. Lembo em seu livro “por que falham os professores”: Muitos administradores “podem pedir opiniões, podem dizer que todos os membros da escola têm o direito de expressar seu ponto de vista. No momento da decisão, porém, não há divisão de poder ou responsabilidade ( . . . ) Para eles a democracia é uma ditadura benevolente”.
E o professor, esse sacerdote do magistério, confunde-se, atrapalha-se todo, não se sabe o que fazer. Não bastasse enfrentar toda a burocracia existente, não bastasse a sua submissão ao diretor e ao supervisor; não bastasse sua abnegação em salsa de aula, ele, pobre mestre, vai aos poucos transformando-se num escrevo, e o que é pior, num escravo de si próprio.
Escraviza-se o professor por razões diversas, mas especialmente pela submissão à regras traçadas por pessoas que ocupam cargos administrativos sem serem educadores, sem terem a mínima noção de que seja educação. Escraviza-se o professor pela contradição reinante em nossas escolas: ao mesmo tempo em que é tolhida a criatividade exige-se que aproveite ao máximo a criatividade dos alunos. Ao mesmo tempo em que lhe é tirada a liberdade exige-se que mantenha a classe dentro da mais ampla liberdade possível.
Torna-se o professor um escravo de si próprio no momento em que, consciente da sua instabilidade, torna-se submisso.
Jornal de Notícias – 03.03.78
A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.
VoltarSer convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria
A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.
Abrir arquivoNossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.
Abrir arquivoO livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.
Abrir arquivoEsta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política
Abrir arquivoEsse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.
Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.
Abrir arquivoMomentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.