Diploma, prá que te quero

          Conhecemos na nossa juventude um professor formado pela Oxford que além de rasgar seu diploma tocou fogo para que nada sobrasse. Explicava-se este professor numa conferência por nós assistida que o diploma para ele nada significava. Ele vivia como professor sem entretanto necessitar de um “simples papel”.

Sócrates, Aristóteles, Platão e tantos outros mestres da Antiguidade Clássica também nuca necessitaram de um diploma e no  entanto a sabedoria de todos  eles não pode ser contestada.

Hoje, no entanto, as coisas mudaram. Estamos no século XX, vivemos nesta era de transição em que o fio de barba vale nada diante do “preto no branco”. Os tempos hodiernos exigem mais e mais, pelas próprias circunstancias em que vivemos, papeis comprobatórios  de nossa formação.

O advogado não pode exercer sua profissão sem que tenha sido aprovado pela OAB; o médico passa clinicar em sua especialidade se exibir um atestado que comprove sua formação; o engenheiro, o dentista,  precisam ser credenciados. O mecânico, que exerce uma profissão mais humilde, porém não menos dignificante, em nossos dias necessita exibir os diplomas obtidos nos cursos de aperfeiçoamento oferecidos pelas fábricas de veículos.

A empregada doméstica, que embora ainda não precise exibir um diploma de artes culinárias, tem necessidades de apresentar uma carta de apresentação que no caso substitui o diploma.

Se para todas as profissões existe a exigência de um diploma é óbvio que o professor também necessita de um. Neste caso da-se o seguinte: o professor licenciado pode exercer sua profissão, a título precário, se possuir um atestado da escola onde formou-se comprovando sua qualificação; para prestar um concurso e participar de cursos de especialização, pós-graduação e doutorado entretanto, necessita possuir o diploma registrado e, dependendo do Estado em que o professor fizer sua inscrição para preenchimento de vagas no magistério, há necessidade ainda do registro no Magistério da Educação e Cultura.

Os diplomas  dos licenciados são registrados na própria universidade em que se formou, se for reconhecida pelo MEC ou por outra devidamente credenciada para tal finalidade.

E em Dourados, temos sido procurados por alunos e ex-alunos do Centro Universitário pedindo informações sobre o problema, pois os integrantes da primeira turma – 1974 – ainda não receberam seus diplomas.

Wilson Valentim Biasotto

Jornal de Notícias – 11.05.78

 

A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.

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Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

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2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

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MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

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Crônicas: Educação, Cultura e Sociedade

O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

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Crônicas: globalização, neoliberalismo e política

Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

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[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

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[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

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[1991] O MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL: 1978 - 1988

Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

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