Vestibular especial da UFMS

Wilson Valentim Biasotto*

24/02/00

Dias atrás recebi a visita de um velho e querido amigo. Sem maiores delongas foi interpelando-me sobre o vestibular especial que estamos realizando na Universidade Federal, Câmpus de Dourados. Queria saber se era realmente verdade que o curso de Medicina estaria sendo implantado em nossa cidade.

Respondi-lhe que as inscrições estavam sendo realizadas e que o vestibular já tinha data marcada: 29 de fevereiro, 1, 2 e 3 de março. Disse-lhe mais, que o vestibular especial não era apenas para Medicina, mas que estávamos abrindo também Secretário Bilingüe e Tradutor Intérprete no curso de Letras e o curso de Direito. Sem contar que tínhamos aberto ainda o curso de Administração, mas que dera tempo para ele ter sido incluído no vestibular normal.

Meu amigo quis saber ainda se tínhamos estrutura física, laboratórios, professores, lupas, microscópios, enfim tudo o que fosse necessário para o funcionamento do curso.

Creio ter conseguido demonstrar-lhe que tínhamos muito mais que isso tudo, tínhamos um projeto, um projeto em que tanto a Universidade Federal com a Estadual estavam juntas, um projeto abraçado por toda a nossa sociedade, pela imprensa e pela classe política. Por tudo isso eu, particularmente, estava muito tranqüilo quanto a possibilidade de sucesso desse empreendimento.

Para muitos, como para esse meu amigo, parece mesmo um sonho, afinal apenas um ano, um mês e três dias após o governo Zeca ter instalado o seu governo em Dourados e apoiado o Projeto da Cidade Universitária e em que o Reitor Jorge João Chacha deu a sua palavra de que implantaria Medicina em Dourados, estamos, finalmente próximos de uma grande realização: o primeiro vestibular para novos cursos.

Convido o leitor a refletir sobre este acontecimento. Sem o apoio incondicional da sociedade, da imprensa e dos políticos, não teríamos alcançado tão grande sucesso. Creio que é hora de aproveitarmos o embalo para avançarmos ainda mais na construção da Cidade Universitária de Dourados. E construir uma cidade universitária não significa apenas abrir novos cursos ou construir edifícios, implica também na formação de uma mentalidade nova, em que todos respirem o clima de uma cidade universitária.

Compete-nos por exemplo, receber bem aos vestibulandos. Muitos já chegaram em Dourados, mas a partir de 28 de fevereiro teremos mais de quatro mil pessoas em nossa cidade. Recebê-las bem significa tê-las de volta no ano que vem. Mais que isso, é a garantia de que levarão de volta, para o resto do Brasil, uma boa imagem daqui.

Uma boa medida seria se os hotéis, restaurantes, bares, táxis etc., ao invés de praticarem preços abusivos, oferecessem descontos especiais aos vestibulandos. Fazer ao contrário seria como que matar ainda no ninho uma galinha de ovos de ouro.

O autor e diretor da UFMS/ Câmpus de Dourados

 

 

A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.

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Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

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2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

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MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

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Crônicas: Educação, Cultura e Sociedade

O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

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Crônicas: globalização, neoliberalismo e política

Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

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[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

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[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

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[1991] O MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL: 1978 - 1988

Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

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