Quem diria? Se nos falta mão de obra significa que estamos vivendo uma época de pleno emprego. Dez anos atrás brasileiros arriscavam a vida para vencer as barreiras entre o México e Estados Unidos e tentarem uma vida melhor. Ou então atravessavam o Atlântico e procuravam os países Europeus, especialmente Portugal e Espanha para fugirem do desemprego que nos atormentava. Bem, mas ao invés de incentivarmos a imigração de trabalhadores, bem que poderíamos fazer um esforço para capacitar aqueles compatriotas que não conseguiram se qualificar para o trabalho. Aí sim, poderemos falar em pleno emprego.
O governo Lula: mas, de qualquer forma estamos muito bem, e não me venham dizer que a conjuntura internacional é que tem favorecido o crescimento da economia brasileira. Vários países da Europa, do Oriente Médio, da América Central e os próprios Estados Unidos não estão lá muito bem. Amargam ainda os efeitos da crise que atingiu o mundo em 2008/2009 e que por aqui, segundo prognosticou o presidente Lula, não passou de uma marolinha.
O governo Dilma: Em crônica que escrevi em 2 de outubro de 2010, avaliei o que se poderia esperar do governo Dilma. Até agora pelo menos tudo está conforme afirmei. Nada de arroubos, a economia seguindo os trilhos estendidos por Lula, o país atingindo o pleno emprego, a Assistência Social chegando àqueles que não puderam se capacitar para ter um bom emprego, a política externa seguindo também com grau de independência nunca visto. Educação melhorando, Universidades públicas dando exemplo de qualidade de ensino e desempenho em pesquisa, enfim estamos de bem com a vida e com o mundo.
A Petrobrás: continua descobrindo petróleo debaixo dágua de forma impressionante e garantindo aos nossos descendentes qualidade de vida ainda melhor que a nossa. A Saúde Pública deixando a desejar, mas muito mais assistida pelo Estado que nos próprios Estados Unidos. E se alio Petrobrás com saúde pública é porque penso que boa parte dos lucros do pré-sal poderia ser destinada à saúde e educação.
Mas, então, por que Dilma surpreende?: Se tudo caminha bem, qual o motivo da minha surpresa em relação ao governo Dilma? Surpreende-me a forma, a maneira como governa. Dilma faz uma administração serena,calma, sem estardalhaços, sem holofotes. Não obstante, tem demonstrado ser uma dirigente firme e resoluta. Não foge dos problemas e logo de inicio enquadrou alguns ministros que achavam que fariam o que bem entendiam. É um governo que tem rumo e sabe muito bem o que quer.
E o Mato Grosso do Sul?: Sinceramente, não vejo tanto problema quando alguém diz Mato Grosso ao invés de Mato Grosso do Sul. Veja o leitor, em 1978 a rua Bahia passou a chamar-se Hayel Bom Faker e quantas vezes não dizemos rua Bahia, ao invés de Hayel Bon Faker? Não se trata de ignorância ou desrespeito, é o costume, a tradição, a história. Com o passar do tempo essas coisas serão resolvidas sem que tenhamos que nos indignar toda vez que alguém comete o equívoco de nos confundir com Mato Grosso.
Esquisitices da (re)eleição: Mais esquisito do que alguém trocar o nome do nosso Estado é o governador tirar férias no primeiro mês de mandato. Na verdade é um absurdo. E se o governador não tivesse sido (re)eleito? Receberia as suas férias em dinheiro?
Férias são necessárias: Não sou contrário às férias. Todos nós temos esse sagrado direito. Ninguém é de ferro. Mas, convenhamos, é no mínimo, estravagante começar um novo mandato em férias. De qualquer forma, penso que todos nós, sul-mato-grossenses, desejamos que o governador tenha descansado bastante para enfrentar a árdua tarefa sem rabugices e autoritarismo.
E Dourados?: Minha Nossa, falta apenas uma semana para termos novas eleições municipais. Vamos às urnas dando vivas à democracia, à Polícia Federal, à Justiça Eleitoral e às nossas forças vivas, que clamaram por eleições, especialmente, ao Comitê de Defesa Popular.
Um bom aprendizado: Quem não aprende pela reflexão, se aprender pela dor, como a que passamos, ainda bem. Pior se não aprendermos nem pela dor. Tenho dito e repito, Dourados é muito maior do que essas mazelas pelas quais passamos, mas tudo tem limites. Ou acertamos o passo ou fazemos dessa promissora e amada cidade um sonho desvanecido.
Quem nasceu pra tostão: Dizia minha avó que quem nasceu pra tostão não chega a quinhentos réis. Responda-me o caro leitor, Dourados teria nascido para tostão? Particularmente não creio. Tenho a convicção de que Dourados nasceu para ser uma Cidade Educadora. Então vamos: arriba y adelante para o alto e para a frente.
A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.
VoltarSer convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria
A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.
Abrir arquivoNossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.
Abrir arquivoO livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.
Abrir arquivoEsta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política
Abrir arquivoEsse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.
Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.
Abrir arquivoMomentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.