Lula surpreende o mundo

                                            

           Não repercutiu nada em Dourados e muito pouco em Mato Grosso do Sul a notícia de que Lula foi eleito pela Revista Time como o líder mais influente do mundo.  E olha que até eu, que no início do século dizia que Lula era um intelectual notável, fiquei surpreso. De intelectual notável para líder mais influente do mundo há uma diferença enorme.

Mas não é de admirar esse tipo de atitude, essa falta de reconhecimento no Brasil. Nós brasileiros temos a péssima mania de nos julgarmos inferiores. É o famoso complexo de “vira-lata” que Nelson Rodrigues atribuía-nos.

Dourados não poderia ser diferente. Tivemos na história recente uma administração restauradora da dignidade de nosso município pelo prefeito Tetila e que hoje poderia estar disputando o governo do Estado, mas, no entanto, estamos batendo cabeça, culpando Campo Grande pela nossa incapacidade de mobilização e com boa parte da imprensa e de entidades postulando que tenhamos um senador, evidentemente se esse senador for o atual vice-governador.

Deveríamos prestar um pouco mais de atenção às nossas lideranças locais, regionais e nacionais para evitarmos tantos descalabros. Antes da Revista Time “descobrir” Lula, o Financial Time londrino, em 2009, já o havia considerado uma das 50 personalidades que moldaram a última década. Ainda no ano passado um dos mais conceituados jornais espanhóis “El País” escolhera Lula como o “personagem do ano” e o jornal francês “Le Monde” o considerou “o homem do ano”

Essa história de Lula não ter formação universitária já foi superada. Semana passada em uma entrevista, Maria da Conceição Tavares, uma das mais respeitadas professoras de Economia do Brasil, afirmou que o nosso presidente além de ter uma inteligência privilegiada, durante sete anos, praticamente toda a semana, se reunia com os mais destacados intelectuais brasileiros para discutir e aprender com eles. Baita escola, embora sem diploma. 

Ainda ontem, durante as comemorações pela passagem dos dez anos do curso de Medicina, trocava algumas impressões com o reitor. Damião Duque de Farias, outro intelectual de primeira linha que temos em Dourados, que está juntamente com a sua equipe, dando rumos muito promissores à UFGD, e ambos nos mostramos bastante preocupados com os rumos de nossa cidade, nosso estado, nosso país.

Depois de Inês morta não adianta ficar culpando os políticos, ficar achando bodes expiatórios. Nossas preocupações em relação aos nossos times de futebol preferidos não podem ser maiores que as nossas preocupações com os rumos de nossa pátria e de nossa gente. 

A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.

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Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

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2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

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MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

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Crônicas: Educação, Cultura e Sociedade

O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

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Crônicas: globalização, neoliberalismo e política

Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

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[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

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[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

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[1991] O MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL: 1978 - 1988

Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

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