A criação da Universidade Estadual de Campo Grande

 

Não devemos pensar as coisas isoladamente. Nada, absolutamente nada, se realiza por si só. Embora as especificidades e as especialidades sejam reconhecidas e necessárias para darmos conta de nossas atividades no mundo atual, elas não estão dissociadas entre si. A Medicina pode cuidar da vesícula, mas não pode ignorar o corpo. A odontologia pode tratar um dente, mas não pode se esquecer da boca e do restante do organismo.  A Assistência Social pode tratar do pobre, mas não pode deixar de refletir sobre o Sistema que engendra a pobreza. A Escola deve ensinar Geografia, mas não pode se esquecer da Matemática, das Línguas, da Física, da Química. A História pode ater-se à política, mas não deve desvinculá-la da economia, da sociedade, da religião. Os governos podem tapar buracos das ruas, abrirem rodovias, construírem hidrelétricas, mas não podem negligenciar o conjunto de ações necessárias para a harmonia social.

Nesse contexto é que Município, Estado e o País, devem elaborar os seus projetos. Projetos que resolvam as questões básicas, os problemas do cotidiano, mas também que preparem a localidade, o estado e o país para o futuro. Significa dizer que não se pode prescindir do Planejamento e para se planejar é necessário saber o que se deseja para o presente e para o futuro. Qual a vocação de determinada região para a indústria, para a educação, saúde, etc.

No caso do Ensino Superior, o Estado tem obrigação de ter um Plano de modo a implantá-lo aos poucos, conforme um organograma de prioridades pré-estabelecidas.

Para o Leste do Estado, deveria ser criada uma Universidade Federal, pelo desmembramento do Campus da UFMS existente em Três Lagoas, assim como foi feito em Dourados com a UFGD. Na região do Pantanal, da mesma forma, o campus de Corumbá deveria ser desmembrado da UFMS e transformar-se em Universidade Federal do Pantanal.

Quanto à Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS – hoje com quinze campi, deveria ter alguns deles desmembrados para constituírem as Universidades Estaduais do Leste, do Oeste, do Norte e do Sul.

Mas, dadas às circunstâncias do momento, com a movimentação dos campo-grandenses em torno da transformação da antiga estação rodoviária em Universidade, o correto seria pensar-se imediatamente na criação da Universidade Estadual de Campo Grande, ou se quiserem Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul 2 (Campo Grande) e, depois, conforme critérios rigorosamente estabelecidos seriam priorizadas as outras transformações.  

Dourados, com as suas duas Universidades Públicas, uma Federal, outra Estadual e com as suas duas Instituições de Ensino Superior Privadas, tem sólido alicerce que a torna uma das cidades brasileiras mais bem servidas com Ensino Superior. Pode servir de exemplo para o restante do Estado

Com as Universidades Federais aumentaríamos a força representativa do Centro-Oeste brasileiro, trazendo recursos federais para o incremento do Ensino, da Extensão, mas principalmente, das pesquisas científicas. E, assim como as Federais, as Universidades Estaduais seriam instrumentos de desenvolvimento regional. Elas comporiam um Conselho de Reitores, com Sede em Dourados, por ser a Universidade Mãe.

Suas críticas são bem vindas: biasotto@biasotto.com.br

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Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

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Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

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Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

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[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

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Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

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