A extermina��o dos ex�rcitos de reserva

Desde a Revolução Industrial inglesa a elite dos países capitalistas, amparada pelos próprios governantes que ela ajuda a eleger, mantêm um contingente de desempregados para poder usar em caso de pressões de sindicatos de trabalhadores por aumentos salariais.  Trata-se de um “exército industrial de reserva”, conceito desenvolvido por Marx. Em suma, esse exército proporciona à classe dominante a possibilidade de manter salários baixos ameaçando demissões devido à facilidade em contratar pessoas quase em desespero atrás de um emprego que lhes proporcione ao menos a alimentação.

A União Europeia, grosso modo, mantêm nos últimos dez anos uma taxa de desemprego em torno de 7%; na América Latina essa porcentagem fechou 2020 em torno de 10,6%; nos Estados Unidos a taxa de desemprego bateu em 14,7% em maio de 2020; no Canadá 8,90% estão desempregados e no Brasil a taxa de desemprego variou entre 13,3% a 14,6% no ano passado. Claro que a pandemia de Corona vírus contribui para tanto, mas a realidade é que o desemprego estrutural tende a aumentar em todo o planeta. O paradoxo é que os trabalhadores criam novas ferramentas de trabalho que, ao fim e ao cabo, destrói os seus próprios empregos uma vez que os detentores dos meios de produção se apropriam das novas invenções sejam elas máquinas cada vez mais modernas, sejam programas de computadores constantemente aperfeiçoados.

O que se chama de pleno emprego parece ser apenas uma utopia e os trabalhadores que atual em países contemporâneos dão-se por satisfeitos quando a taxa de desempregados fica em torno de 4%.

O desemprego gerado por calamidades sanitárias ou mesmo por crises de ordem financeira pode ser passageiro, no entanto o desemprego estrutural, gerado por novas tecnologias, tende a aumentar, levando multidões à fome e à miserabilidade. Da miserabilidade à morte prematura, ou seja, diminuição da expectativa de vida da população, inclusive também com o aumento sensível da mortalidade infantil.  Que fazer?

A classe trabalhadora, mistificada pela ideologia das elites dominantes, não consegue reagir com o voto, promovendo uma “revolução” pacífica, também não consegue promover a dita “revolução do proletariado” mesmo porque a espingarda de chumbinho é ineficiente diante da parafernália de equipamentos em posse dos Estados defensores das elites dominantes.

Ao que temos assistido as elites econômicas da maioria dos países não estão preocupadas com o extermínio de parte do “exército de reserva”, mesmo porque como nos ensinou Castoriades, elas, as elites, ao mistificarem a classe trabalhadora acabaram mistificando-se a si próprias. Significa dizer que as elites acabam acreditando que elas são o que são por méritos próprios e os miseráveis é que são os culpados pela sua miséria.

No Brasil, entre 2002 a 2014 viviam 2,5% da população abaixo da linha da pobreza, nos últimos cinco anos voltou a crescer atingindo 6,5% da população, sem contar que 25,3% ainda não caíram nessa situação, embora sejam considerados pobres.

Estou chegando à conclusão que, para resolver essa situação, só mesmo acreditando nas “Fabulosas histórias de Bepi Bipolar”, contidas no livro que lançarei no dia 2 de fevereiro do corrente ano.

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Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

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2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

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MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

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Crônicas: Educação, Cultura e Sociedade

O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

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Crônicas: globalização, neoliberalismo e política

Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

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[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

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[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

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[1991] O MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL: 1978 - 1988

Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

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