I Punti luminosi

Fala-se muito em Pontos Luminosos, tanto no espaço sideral quanto em obras artísticas, sejam elas pinturas esculturas ou literárias. Basta olharmos para o céu para distinguirmos pontos mais brilhantes na constelação, assim também são considerados pontos luminosos aqueles que se destacam em suas especialidades.

Particularmente tenho uma séria tendência para concordar com Freud quando ele afirma que é indizível separar o que é produção individual e o que é coletiva [cito de memória], e não me arrependo, pois não há como desconhecer que é no coletivo, que aparecem os pontos luminosos. Eles estão sempre nas Constelações e nos segmentos sociais onde existem outros pontos brilhantes. Em qualquer setor de atividade humana, sempre existem pontos luminosos, embora de várias grandezas.

Eu não ousaria anunciar pontos luminosos em muitos setores da vida, seja no passado ou no presente, mas existem muitas lideranças que se constituem praticamente em unanimidade, se sobressaíram, a exemplo de Cristo, Lutero, Buda, Leonardo da Vinci, Machado de Assis, Sócrates, Pelé [por mais coletivo que seja o futebol], Churchill, Getúlio, Lula e tantos outros.

No mundo político, muitas vezes o ponto luminoso se sobressai por ser inteligente o suficiente para cercar-se de sábios. Os políticos medíocres, quando no poder, cercam-se de assessores ainda mais indigentes do ponto de vista mental e funcional do que eles. Só assim consideram-se poderosos. Já os políticos inteligentes, não precisam necessariamente ser bons em tudo. Esses são humildes, ouvem atentamente as sugestões de seus sábios assessores e então, acumulam sabedoria [ainda maior do que a de cada um de seus sábios conselheiros em particular], para serem justos e governarem harmoniosamente.

Os sábios não são maus, não são corruptos ou traidores. Nesse sentido é de bom alvitre salientar que a sabedoria não significa apenas o acumulo de leituras. Ser letrado não é sinônimo de sabedoria. Ser sábio é algo mais, é compreender a sua época, é sentir os anseios de seu povo. E somente aos sábios é dada a beleza da humildade, a exemplo de São Francisco, um ponto luminoso em uma época de decadência dos costumes clericais. 

Mas, voltando ao campo político. Quais os pontos luminosos, que temos atualmente em nossos governos federal, estadual e municipal? Quem de nós é capaz de se lembrar do nome de ao menos quatro dentre os ministros ou secretários? Quantos são os deputados e senadores brasileiros da estatura de Ulisses, Brossard, Suplicy?

Os pontos luminosos, aqueles que chamam a atenção, vale sempre lembrar, jamais estão sozinhos, ao lado estão outros pontos brilhantes, embora de menor grandeza. Mas infelizmente a nossa realidade não nos entusiasma. Pontos luminosos sequer os estamos encontrando no próprio Judiciário brasileiro, tão prestigiado no passado, inclusive por Rui Barbosa, defensor da ideia de que ao STF caberia zelar pela Constituição.

Pode ser, a história vez ou outra nos apresenta surpresas, pode ser dizia, que apareçam para nós brasileiros e para a América Latina, pontos luminosos, encobertos atualmente pela onda obscurantista que predomina. Quem sabe?

Acreditar é preciso. Persistir sempre. Um mundo melhor é possível, senão não haveria sequer motivo para vivermos.

Fala-se muito em Pontos Luminosos, tanto no espaço sideral quanto em obras artísticas, sejam elas pinturas esculturas ou literárias. Basta olharmos para o céu para distinguirmos pontos mais brilhantes na constelação, assim também são considerados pontos luminosos aqueles que se destacam em suas especialidades.

Particularmente tenho uma séria tendência para concordar com Freud quando ele afirma que é indizível separar o que é produção individual e o que é coletiva [cito de memória], e não me arrependo, pois não há como desconhecer que é no coletivo, que aparecem os pontos luminosos. Eles estão sempre nas Constelações e nos segmentos sociais onde existem outros pontos brilhantes. Em qualquer setor de atividade humana, sempre existem pontos luminosos, embora de várias grandezas.

Eu não ousaria anunciar pontos luminosos em muitos setores da vida, seja no passado ou no presente, mas existem muitas lideranças que se constituem praticamente em unanimidade, se sobressaíram, a exemplo de Cristo, Lutero, Buda, Leonardo da Vinci, Machado de Assis, Sócrates, Pelé [por mais coletivo que seja o futebol], Churchill, Getúlio, Lula e tantos outros.

No mundo político, muitas vezes o ponto luminoso se sobressai por ser inteligente o suficiente para cercar-se de sábios. Os políticos medíocres, quando no poder, cercam-se de assessores ainda mais indigentes do ponto de vista mental e funcional do que eles. Só assim consideram-se poderosos. Já os políticos inteligentes, não precisam necessariamente ser bons em tudo. Esses são humildes, ouvem atentamente as sugestões de seus sábios assessores e então, acumulam sabedoria [ainda maior do que a de cada um de seus sábios conselheiros em particular], para serem justos e governarem harmoniosamente.

Os sábios não são maus, não são corruptos ou traidores. Nesse sentido é de bom alvitre salientar que a sabedoria não significa apenas o acumulo de leituras. Ser letrado não é sinônimo de sabedoria. Ser sábio é algo mais, é compreender a sua época, é sentir os anseios de seu povo. E somente aos sábios é dada a beleza da humildade, a exemplo de São Francisco, um ponto luminoso em uma época de decadência dos costumes clericais. 

Mas, voltando ao campo político. Quais os pontos luminosos, que temos atualmente em nossos governos federal, estadual e municipal? Quem de nós é capaz de se lembrar do nome de ao menos quatro dentre os ministros ou secretários? Quantos são os deputados e senadores brasileiros da estatura de Ulisses, Brossard, Suplicy?

Os pontos luminosos, aqueles que chamam a atenção, vale sempre lembrar, jamais estão sozinhos, ao lado estão outros pontos brilhantes, embora de menor grandeza. Mas infelizmente a nossa realidade não nos entusiasma. Pontos luminosos sequer os estamos encontrando no próprio Judiciário brasileiro, tão prestigiado no passado, inclusive por Rui Barbosa, defensor da ideia de que ao STF caberia zelar pela Constituição.

Pode ser, a história vez ou outra nos apresenta surpresas, pode ser dizia, que apareçam para nós brasileiros e para a América Latina, pontos luminosos, encobertos atualmente pela onda obscurantista que predomina. Quem sabe?

Acreditar é preciso. Persistir sempre. Um mundo melhor é possível, senão não haveria sequer motivo para vivermos.

A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.

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Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

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2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

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MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

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Crônicas: Educação, Cultura e Sociedade

O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

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Crônicas: globalização, neoliberalismo e política

Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

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[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

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[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

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[1991] O MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL: 1978 - 1988

Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

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