Desejo um forte estalo na cabeça de Bolsonaro

A última derrota que sofri foi em outubro, quando Fernando Haddad perdeu a eleição presidencial. Não, não creio que tenha sido uma derrota minha em particular, não perdi o voto, mas penso, isso sim, que a nação brasileira perdeu mais uma oportunidade de ser grande e ver os seus filhos sorrirem. De qualquer forma, foi uma derrota, lambo as minhas feridas e me preparo para continuar lutando por uma sociedade mais fraterna, mais justa e, principalmente, mais igual.

Muitos me dizem para reconhecer a derrota e torcer para que o presidente eleito seja bem-sucedido com o seu projeto de governo. Bom, reconhecer a derrota é o mínimo que se pode esperar quando vivemos em uma democracia, nunca fui favorável a golpes, mesmo porque nunca fui filiado à UDN, PSDB e nem me chamo Aécio ou Temer. Agora, torcer para que o programa de Bolsonaro dê certo é impossível, afinal qual é o seu programa?

Será que posso acreditar que mudando a embaixada brasileira para Jerusalém, ele receberá como prêmio a irrigação do Nordeste? Bem, ao menos, nas doze linhas que dedica em seu programa(sic) ao Nordeste, ele diz que usará tecnologia israelense para irrigar aquela região.

Ou devo torcer para uma escola sem partido? Pela privatização das empresas brasileiras, construídas pelo trabalho transgeracional de nossa gente? Torcer para que os trabalhadores brasileiros percam os seus direitos? Para que as Universidades sejam sucateadas? Para que o ensino fundamental seja oferecido à distância e seja privatizado?

Não, não torço para dar certo, ao contrário. Torço para que o presidente eleito tenha um estalo na cabeça. Sim, um estalo de Vieira, e mude radicalmente as suas propostas neo- fascistas, mude o seu comportamento entreguista e restitua ao Brasil a dignidade que obteve durante os governos petistas. [o estalo de Vieira teria provocado uma mudança radical no Pe. Vieira que, de clérigo ignorante tornou-se, após o estalo, em um dos maiores oradores que o Brasil conheceu].

Derrotas e vitórias fazem parte da vida. Não me envergonho por ter perdido para a ditatura em 1964, ao contrário, sinto-me honrado de ter vivido a resistência, ou seja, fico feliz em estar do lado certo e ter visto a redemocratização brasileira a partir de 1985.

E que dizer a derroa sofrida na luta pelas Diretas Já. Íamos de bairro em bairro convidando o povo de Dourados para um grande encontro na Marcelino Pires em favor das “Diretas Já”. A caminhonete do Dr. Áureo Garcia, era o palanque para ele, Sultan Raslan e eu [dentre outros democratas] convidarmos o povo a participar do fim da ditadura. Perdemos a proposta de Dante de Oliveira, mas não perdemos a fé e as diretas vieram.

Outra grande derrota foi o sonho esvanecido de ver Dourados firmar-se como “cidade educadora”, projeto que durou apenas dois anos, ao final do mandato de Tetila na prefeitura.

Não seria de bom tom ficar enumerando também as nossas vitórias, particulares e do povo brasileiro, mas foram diversas. O importante mesmo é estar do lado certo e não perder a fé em um mundo melhor, mais justo, mais fraterno e mais igual.

A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.

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Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

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2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

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MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

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Crônicas: Educação, Cultura e Sociedade

O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

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Crônicas: globalização, neoliberalismo e política

Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

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[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

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[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

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[1991] O MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL: 1978 - 1988

Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

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