Habemos Damião

                      

Habemos Papa, sempre foi a primeira frase proferida logo após a fumaça branca anunciar a eleição de um novo papa. Em Dourados, nas discussões internas do Partido dos Trabalhadores, ao que tudo indica, a fumaça branca começa a subir aos céus. O PT poderá ter candidato à prefeitura conforme tradição do partido que se estendeu desde 1982 até ser quebrada quando optamos pela coligação com o PSB de Murilo Zauith.

Digo quando optamos pela coligação porque a pedido de um amigo levantei o meu crachá para apoiar a coligação. Hoje reconheço que foi o meu maior erro político, porque as negociações não foram concretizadas: era para o PT ter o vice, a Secretaria da Educação e da Assistência Social, além da promessa de que o Projeto Dourados Cidade Educadora seria mantido e ampliado. Ledo engano. Perdemos a vice, a Cidade Educadora e, ainda mais lamentável, a Secretaria de Educação, onde poderíamos ter continuado o trabalho da administração Tetila e oferecermos aos trabalhadores em educação e aos nossos estudantes muito melhores condições salariais e de ensino.

Mas não adianta chorar o leite derramado. Ao que tudo indica, o professor Damião Duque de Farias será o nosso candidato à prefeitura e, dessa forma, com toda a certeza, os douradenses terão à disposição um candidato honesto, trabalhador, experiente, que durante 9 anos esteve à frente da implantação da UFGD, gerindo recursos de mais de 300 milhões e tornando a nossa cidade conhecida não só em âmbito nacional, mas também internacional.

A predisposição do ex-reitor Damião em candidatar-se tem algo em comum comigo, quando sai da Direção do então CEUD/UFMS. Nesses cargos, tanto Damião quanto eu aprendemos a ter uma visão humanística de nossa cidade e percebemos a nossa capacidade em realizarmos um governo altamente proveitoso para o nosso povo. Muito mais preparado, que eu próprio, considero o professor Damião, mas será que o povo douradense saberá compreender que tem um candidato excepcional?

Na última quinta-feira, o professor Damião concedeu entrevista ao Midia Flex, respondendo a todas as perguntas levantadas de maneira transparente. Diz ele, “Eu me considero uma pessoa experiente, tanto na vida pessoal como profissional. Já tenho mais de cinco décadas de existência ou meio século (risos!), tenho uma família, com quatro filhos e um neto. Sou professor há quase 30 anos, também trabalhei como comerciário e bancário; militei em diferentes movimentos sociais, desde a juventude, nos quais fui dirigente em diferentes oportunidades e, ainda, tive a honra de dirigir a implantação da UFGD, como reitor, por 09 anos! A dimensão, a complexidade, o volume de recursos anualmente administrados (mais de 300 milhões de reais!), bem como os resultados alcançados com a ampliação extraordinária de cursos de graduação e pós-graduação, a inovação na gestão, as políticas de assistência estudantil e de inclusão, levaram a UFGD a ser considerada por muitos anos consecutivos a melhor instituição de ensino superior de Mato Grosso do Sul. Creio, então, que tenho plenas condições para o exercício do cargo de prefeito de minha cidade. Evidentemente, eu reconheço que os desafios são imensos. Mas é possível combinar profissionalismo, competência, ousadia e criatividade, assim como fizemos na UFGD, para levar a cidade de Dourados a uma nova etapa de desenvolvimento econômico, social, cultural e ambiental”.

Assino embaixo das declarações do professor Damião, que é Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo e conhece a conjuntura nacional, estadual e municipal em que vivemos. Talvez tenha chegado a hora de os douradenses não termos mais que nos arrepender em colocar na Prefeitura e na Câmara pessoas descomprometidas com a cidade.

Talvez o professor Damião não seja tão conhecido pela população tanto quanto outros candidatos, talvez não possua recursos para uma campanha que chegue até todos os eleitores, mas com força e determinação e com os exemplos que nosso povo tem de erros passados, quem sabe não teremos um prefeito à altura de nossa cidade?

Bem, mas se as dificuldades financeiras nos privarem dessa nobre candidatura, não vejo outro caminho para o PT senão promover uma aliança com Délia Razuk. Particularmente, acredito mais na palavra dela do que em documento assinado por um outro candidato que anda por aí bem cotado.

A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.

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Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

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2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

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MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

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O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

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Crônicas: globalização, neoliberalismo e política

Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

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[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

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[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

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[1991] O MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL: 1978 - 1988

Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

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