Tudo pela hegemonia

Por via indireta Hitler foi responsável pela hegemonia norte-americana, pois a Inglaterra somente perdeu o controle hegemônico do Ocidente capitalista quando foi invadida pelas tropas nazistas e precisou da ajuda dos Estados Unidos para combater o Eixo constituido por Alemanha, Itália e Japão, na Segunda Guerra Mundial.

Por iniciativa do presidente Roosewelt, em 1944, foram convocados 44 países para participarem da Conferência de Bretton Woods, quando foi criado o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial (a partir do BIRD) e o padrão libra-ouro foi substitído pelo padrão dólar-ouro. Essa substituição demonstra claramente a hegemonia norte-americana sobre os demais paises capitalistas (em 1971, unilateralmente, os Estados Unidos desvincularam o dolar do ouro e a partir de então uma cesta de moedas regula o mercado).

Fica muito claro que os Estados Unidos utilizaram-se de seu enorme poder pós-guerra para impor os seus interesses. E, a partir de então, desde 1944 até os nossos dias, continuam a determinar as suas estratégias imperialistas seja pela guerra, a exemplo do Oriente Médio, seja pela cooptação das elites de alguns países, como no caso da América, especialmente a do Sul e a Central.

Enquanto as elites econômicas locais aceitam o jugo, subordinando-se com o que teoricamente denomina-se teoria da dependência, não há dificuldade alguma. Contentam-se com os repasses das tecnologias de segunda geração, ou seja, quando os Estados Unidos avançam científica e tecnologicamente, então repassam para os países em desenvolvimento aquilo que já não lhes é útil. O problema é quando os países-quintais passam a ter uma prática subversiva  a essa ordem. Então os norte-americanos, aproveitando-se sempre de alguma crise dos países que lhe são sulbaternos, ou mesmo da conjuntura internacional, interferem impondo-lhes modelos aparentemente benéficos.

Foi assim quando da Guerra Fria. Estados Unidos e União soviética se digladiavam ideologicamente, os primeiros na defesa do capitalismo, o segundo na defesa do socialismo. Para os norte-americanos o grande perigo era a implantação do comunismo em outros países latino-americanos, a exemplo de Cuba. Então, quando o presidente João Goulart tentou implementar as chamadas Reformas de Base no Brasil, os EEUU conceberam a “Doutrina da Segurança Nacional” e Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Peru, implantaram ditaduras militares, tendo como pano de fundo o combate ao comunismo.

Outro exemplo: quando em 1989, houve a derrocada do chamado socialismo real, com a simbólica derrubada do muro de Berlim, os Estados Unidos prepararam o Consenso de Washinton, que instituiu o neoliberalismo econômico ou seja, existência de um estado mínimo, deixando para a iniciativa privada o controle do mercado. Essa política levou ao empobrecimento de vários países, inclusive o Brasil, com as privatizações insanas, o sucateamento do ensino superior o desemprego e o empobrecimento da população.

Esgotado esse modelo, os mesmos países que implantaram ditaduras e implantaram o neoliberalismo, foram buscar nos líderes que se opunham a esses modelos os seus governantes, a exemplo de Mojica, kirchner, Lugo, Evo Morales, Lula, Bachelet, Chaves. Esses presidentes, uns com maior, outros com menor intensidade, promoveram ações sociais que beneficiaram especialmente aos pobres.

Esses avanços fizeram com que surgisse nova investida norte-americana objetivando a derrubada desses governos de esquerda. E todos estão sendo derrubados como numa cascata de dominós.

No caso brasileiro, os EEUU se contrariaram com vários acontecimentos: a aliança do Brasil com os BRICS e a fundação do Banco dos BRICS, que tira a hegemonia do Banco Mundial; a evidencia de que o Brasil está se tornando uma das maiores potências mundiais; a compra de caças da Suécia, etc. Por essas e outras é que há fortes indícios da participação da CIA (Central Intelligence Agency) no golpe que está em curso. Ela promoveu escutas clandestinas no Palácio Alvorada bem como na Petrobrás. Por seu lado, Moro (dentre outros) foi treinado nos Estados Unidos, participou do PROJETO PONTES: construindo pontes para a aplicação da lei no Brasil” (Wikileaks). Alguma coincidência? Moro seria agente da CIA?

A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.

Voltar

Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

Abrir arquivo

2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

Abrir arquivo

MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

Abrir arquivo

Crônicas: Educação, Cultura e Sociedade

O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

Abrir arquivo

Crônicas: globalização, neoliberalismo e política

Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

Abrir arquivo

[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

Abrir arquivo

[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

Abrir arquivo

[1991] O MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL: 1978 - 1988

Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

Abrir arquivo

Contato

Informações de Contato

biasotto@biasotto.com.br