Eleições 2016

Teremos um ano movimentado em virtude das eleições municipais que se aproximam. Mais de 5 mil e quinhentos municípios brasileiros escolherão seus prefeitos e vereadores. Os antidemocráticos gostariam que as eleições fossem unificadas para evitar gastos financeiros, mas a prática eleitoral aprimora a democracia e as eleições bianuais não são caras, são bem-vindas, verdadeira festa cívica, não obstante o desencanto em geral em relação aos políticos.

A exemplo de todas as eleições, aqui ou acolá, com certeza, essa terá também promessas mirabolantes, rixas, brigas, insinuações maldosas, compra de votos e, também, em virtude da nova Lei Eleitoral, poderá haver menos corrupção. Eis uma esperança.

Minha impressão é de que essas eleições municipais de 2016, embora não definam concretamente as eleições de 2018, darão ao menos um parâmetro para análises. O partido mais afetado deverá ser o Partido dos Trabalhadores, marcado à ferro pelo Partido da Imprensa Golpista (leia-se Veja, Globo, Folha, Estadão e seguidores), que preservou até agora os partidos de direita, envolvidos também com a corrupção que se alastrou como uma metástase cancerígena pelo país afora. Bem, isso a menos que a Justiça dos Moro(s) e Janot(s) deixe de ser seletiva e mande também para a cadeia os Cunha(s), Collor(s), Aécio(s), sem falar no chefe maior da oposição, FHC, comprador de sua (re)eleição. Quando se faz limpeza na casa não se tira apenas o papel ou algum inseto morto, mas limpa-se tudo, sem deixar um ou outro lixo no local.

O tema preferido dessas eleições deverá ser a corrupção, rotos falando de rasgados, sujos falando de malvestidos, mas haverá também gente bem-intencionada e limpas de quaisquer tipos de malfeitos. A verdade, embora difícil de ser mostrada, é que existe gente boa na política. Dias atrás pelo Face book fui desafiado a nominar um, um único petista honesto.  Tive o ímpeto de responder-lhe que só na minha família nuclear, éramos cinco filiados honestos. Mas não mordi a isca, ele pediria mais cinco e mais cinquenta e mais cinco mil, daí por diante. De qualquer forma estou convicto de que a grande maioria dos petistas é gente séria e deseja um Brasil mais justo e mais igual. Poucos se desencaminharam, mas a execração foi tão grande e tão inescrupulosa que poucos acreditam e, por isso muitos petistas não desejam sair candidatos.

A onda contra as esquerdas não é privilégio do Brasil, outros países da América do Sul e da Europa passam por esse momento histórico de tentativa de renascimento do neoliberalismo.   Há uma tentativa deliberada da direita em alcançar o poder para completar o ciclo ignóbil de privatizações e de retirada dos benefícios sociais do povo mais vulnerável devido sua pobreza. Paraguai e Argentina já são exemplos. Retiraram os benefícios com a desculpa de que não querem alimentar “vagabundos”, quando na verdade não querem outra coisa senão o aumento de desempregados para submeterem-se a salários aviltantes, para se tornarem em um verdadeiro exército de reserva para servir às oligarquias locais.

Em vista disso tudo foi que fiquei feliz ao ler nessa semana a notícia de que o PT deverá lançar candidato à prefeitura de Dourados. Os nomes cogitados foram o do vereador Elias Ishi e Damião Duque de Farias. Elias é vereador que trabalha forte para o social e para a preservação ambiental, além de exercer a fiscalização sobre atos do executivo, que é também função do vereador. Em seus três mandatos nunca se ouviu um pio sequer sobre qualquer ato de improbidade de sua parte. Por sua vez Damião Duque de Farias, reitor da UFGD por dez anos, conseguiu implantar uma monumental Cidade Universitária cuja obra física envolveu milhões de reais, e deixar um planejamento de crescimento para os próximos 20 anos. Também sobre ele jamais pairou quaisquer dúvidas sobre a sua capacidade de liderança e de probidade.

Se uma dessas candidaturas vingar, serei o primeiro a sair do ostracismo político para ajudar na campanha, mesmo porque devo confessar que me arrependo de poucas decisões que tomei na minha carreira política, uma delas foi ter votado favorável à aliança do PT com o atual prefeito.

Mas se não vingar uma candidatura petista e for feita alguma aliança, que seja com o Délia Razuk, por ser a mais confiável da direita.

A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.

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Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

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2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

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MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

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Crônicas: Educação, Cultura e Sociedade

O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

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Crônicas: globalização, neoliberalismo e política

Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

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[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

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[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

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[1991] O MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL: 1978 - 1988

Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

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