Olhos voltados para a saúde em Dourados

 

             Aproveito o ensejo da inauguração da Clínica dos Olhos no dia de hoje em Dourados para abordar, embora superficialmente, a questão sempre palpitante da Saúde em Dourados, de modo especial, da situação hospitalar. A Clínica dos Olhos, que impressiona não só pela sua bela estrutura como também pela modernidade de suas aparelhagens e pelo seu corpo clínico altamente capacitado não é única. Muitas vezes, não nos damos conta das boas coisas das quais dispomos, mas temos, além dessa clínica caçula, dezenas de outras, também belas e bem equipadas, com profissionais da saúde que podem ser equiparados aos dos mais avançados centros médicos brasileiros. Temos clínicas de estética e dermatológicas, clínicas orientadas para a psicologia e psiquiatria, clínica dos rins, do sono, de gastrologia e clínicas odontológicas. Temos centros de diagnósticos por imagens, com praticamente todos os equipamentos mais modernos do mundo, laboratórios com capacidade para exames complexos, clínica para exames na área de medicina nuclear, enfim, Dourados constituiu-se em um moderno centro médico com múltiplas especialidades.

Além das muitas clínicas existentes, contamos também com hospitais que trabalham com procedimentos de alta complexidade, a exemplo do Hospital do Coração, um dos mais eficientes do Brasil, o Hospital Evangélico, Hospital do Câncer, Hospital Santa Rita, Hospital da CASSEMS e o Hospital Universitário, que atualmente já oferece inclusive residência médica em várias especialidades. Sem contar o Hospital da Vida, este um hospital especializado no atendimento de urgência e emergência que, diga-se de passagem, deverá receber do governo federal uma verba em torno de 4 milhões para ser ampliado, com a expectativa de oferecer um atendimento ainda mais rápido e humanizado.

E para que esses hospitais e clínicas funcionem bem, temos em Dourados dois cursos superiores de enfermagem e um de medicina, além de mais dois cursos que formam técnicos em enfermagem. E não podemos deixar de lembrar que existem dezenas de outras profissões que não lidam diretamente com os pacientes, mas que são fundamentais para o funcionamento da estrutura hospitalar, havendo em nossas faculdades cursos em todas as áreas, sejam elas administrativas, sociais, contábeis e por aí afora.

Em resumo, estamos bem equipados, mas justamente nisso reside uma contradição: quanto mais avançado se torna o centro médico hospitalar de Dourados, maior é a procura, pacientes de outros municípios, outros estados e até mesmo de países vizinhos procuram aqui em nossa cidade o atendimento que muitas vezes lhes falta em suas localidades de origem e, dessa forma, com o aumento da demanda, mais e mais leitos de internação e de UTIs são necessárias.

Avaliando essa situação, o governador André Puccineli iniciou no final de sua gestão a construção de um Hospital Regional. Nada mais justo, temos um hospital municipal, alguns particulares, um federal, mas no entanto, não dispomos de nenhum hospital gerido pelo Estado. Ocorre que começar obras é relativamente fácil, difícil é entrega-las funcionando, especialmente quando se trata de um hospital que requer equipamentos altamente sofisticados.

Diríamos que o governador recentemente empossado, Reinaldo Azambuja, sentiu-se impossibilitado em dar continuidade não só ao Hospital Regional como também a tantas obras iniciadas no governo anterior. Assim sendo, determinou a paralisação do Regional, priorizando outras obras, inclusive a duplicação da Avenida Guaicurus que, de príncipe encantado que deveria ser, está se tornando um tormento para os seus usuários.

Com o suspensão das obras do Hospital Regional, o governador encontrou uma medida paliativa para acudir Dourados prometendo colocar em funcionamento o Hospital São Luís. Dá para entender perfeitamente essa medida. Nesse caso é preciso um pouco de paciência e inclusive dar um tempo para que governador Reinaldo Azambuja tome conhecimento mais amplo e profundo da realidade deixada pelo seu antecessor e a partir de então estabeleça prioridades, sabendo-se de sobejo que a expectativa e a esperança dos moradores de nossa região é de que as obras do Hospital Regional sejam retomadas no mais breve espaço de tempo. 

A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.

Voltar

Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

Abrir arquivo

2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

Abrir arquivo

MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

Abrir arquivo

Crônicas: Educação, Cultura e Sociedade

O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

Abrir arquivo

Crônicas: globalização, neoliberalismo e política

Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

Abrir arquivo

[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

Abrir arquivo

[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

Abrir arquivo

[1991] O MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL: 1978 - 1988

Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

Abrir arquivo

Contato

Informações de Contato

biasotto@biasotto.com.br