Brasil: sexta potência mundial, quem diria?

 Mesmo os economistas, mais acostumados às analises de longo prazo, seriam capazes de afirmar vinte anos atrás, que o Brasil estaria ocupando em 2011 a sexta posição no ranking dos países economicamente mais poderosos do mundo. Em 2010 havíamos atingido a sétima posição, passando a Itália, agora, nesse ano, com Produto Interno Bruto de US$ 2,44 trilhões, estamos superando a economia britânica, com PIB de US$ 2,41 trilhões. Nesse ritmo de crescimento as previsões são de que em 2020 já não haverá uma única economia européia superior à brasileira.

Claro que circunstâncias adversas imprevisíveis poderão alterar esse quadro, da mesma forma que as crises atuais provocaram recuos consideráveis nas economias da França, Inglaterra e Alemanha, mas nada indica que o pessimismo possa vencer o entusiasmo de nosso crescimento. Assim sendo é necessário que fiquemos atentos para evitarmos cair em erros como os cometidos pelas grandes economias no passado recente.

Em primeiro lugar haveremos de considerar que não adianta termos um país rico se o seu povo for pobre. Vejam o exemplo dos Estados Unidos na atualidade. Não obstante ser ainda a primeira economia mundial, mais de 50 milhões de norteamericanos estão abaixo da linha de pobreza. De nada adianta virmos a ser considerados de primeiro mundo se o povo não for feliz, como na Grécia, na Espanha, em Portugal e por aí afora.

De pouco adianta nos tornarmos um país rico se os nossos vizinhos permanecerem pobres. É importante que os demais países sulamericanos cresçam economicamente, não somente para evitar uma onde de migração ilegal, mas também e principalmente, para que tenhamos com quem exercer um intercâmbio comercial ativo e forte.

Há ainda a considerar que um país com as dimensões continentais brasileiras, precisa de segurança. O governo tem que modernizar as suas forças armadas, principalmente quando se tem água e petróleo em abundância como temos.

No que diz respeito ao ensino precisamos de muito mais do que já foi feito. Os Centros de Educação Infantil são insuficientes, o Ensino Fundamental, embora ofereça vagas para todos, precisa melhorar em qualidade. As Universidades, não obstante os avanços verificados no governo Lula, precisam ter as suas vagas ampliadas, principalmente as Universidades Públicas, por razões óbvias. Um país em desenvolvimento tão acelerado precisa de profissionais altamente especializados em todas as áreas de conhecimento.

No que diz respeito à política, lamentavelmente ainda estamos deficitários. A Ditadura Militar (1964-1985) provocou uma ruptura profunda na formação de lideranças, castrou a formação de vanguardas políticas. Não houve renovação dos quadros e os quadros existentes envelheceram tanto em idade cronológica quanto em termos de conhecimentos.

Não obstante a presidente Dilma conduza bem a Nação, especialmente no que diz respeito ao gerenciamento das finanças públicas e das relações internacionais, enfrenta problemas políticos sérios uma vez que a coligação que dá sustentação ao governo, trava mal disfarçada luta em busca de hegemonia. Nos bastidores do poder as lutas não tem tréguas. Os dossiês se avolumam, em dez meses de governo Dilma seis ministros já perderam os respectivos cargos. Um absurdo!

Mas, enfim, temos muito a comemorar. Pedreiros, carpinteiros, eletricistas, trabalhadores da indústria e do comércio, da saúde, de todos os ramos, estão vivendo uma fase muito boa, que há muito não experimentávamos no Brasil. Claro que isso gera elevação de custos para quem paga pelos serviços. Nesse caso, a oferta de mão de obra sendo menor do que a procura, precisamos aumentar a oferta promovendo mais qualificação de mão de obra para buscar o equilíbrio entre oferta e procura e, por via de conseqüência, reduzir as abissais diferenças salariais que se verificam no Brasil.

 

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Livros

As Fabulosas Histórias de Bepi Bipolar

Ser convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria

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2010: O ANO QUE NÃO ACABOU PARA DOURADOS

A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.

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MEDIEVO PORTUGUES: O REI COMO FONTE DE JUSTIÇA NAS CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

Nossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.

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Crônicas: Educação, Cultura e Sociedade

O livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.

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Crônicas: globalização, neoliberalismo e política

Esta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política

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[2009] EDIFICANDO A NOSSA CIDADE EDUCADORA

Esse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.

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[1998] Até aqui o Laquicho vai bem: os causos de Liberato Leite de Farias

Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.

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[1991] O MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL: 1978 - 1988

Momentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.

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